Resumo das catástrofes climáticas no planeta entre 11 e 17 de junho de 2025

1 julho 2025
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Atualmente, vemos fenómenos que, até há bem pouco tempo, pareciam impossíveis. 

Por exemplo, rios de granizo com meio metro de altura em Espanha. Tragédia com turistas no céu da Turquia. Comportamento estranho de um tufão na Ásia.

Na Rússia, as tempestades atingiram um novo patamar: os ventos alcançaram a intensidade de furacões tropicais. Nos EUA, as enxurradas arrastaram carros com pessoas dentro, provocando mais de dez mortos.

O que está a desencadear esta série de anomalias naturais? Neste artigo, apresentamos os acontecimentos mais dramáticos da semana de 11 a 17 de junho de 2025 e as suas causas, sobre as quais não se fala oficialmente.


Espanha

Desde 13 de junho, fortes tempestades com chuvas intensas e granizo têm assolado as províncias de Zaragoza e Teruel, no nordeste de Espanha. No município de Zaragoza, choveu até 35 litros por metro quadrado.

A chuva forte causou interrupções no fornecimento de eletricidade e água em várias cidades das regiões afetadas: Azuara, Moyuela, Letux, Herrera de los Navarros, Villar de los Navarros, Azaila e Vinaceite. A subida repentina do nível dos rios transformou as ruas de Azuara em torrentes violentas.

A subida repentina do nível dos rios transformou as ruas de Azuara em violentas torrentes. A água subiu tão rapidamente que as pessoas mal tiveram tempo de se refugiar nos telhados das casas. Algumas famílias, sobretudo as que incluíam crianças e idosos, ficaram presas nas suas próprias casas, tendo sido evacuadas pelos socorristas.

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  As chuvas torrenciais provocaram inundações em várias habitações em Espanha  

Num centro médico, um médico ficou sozinho e preso numa sala, no escuro, com água até ao pescoço, durante três horas. Uma enfermeira ficou numa sala inundada quase até ao teto e tentou, sem sucesso, quebrar o vidro para sair. Felizmente, os bombeiros chegaram a tempo.

Mesmo alguns dias depois, algumas ruas de Azuara continuavam praticamente intransitáveis e, segundo estimativas preliminares, a reparação de pontes e estradas danificadas pelas tempestades e chuvas torrenciais levará até seis meses e custará cerca de seis milhões de euros, informou o ministro das Obras Públicas do Governo de Aragão, Octavio López.

A 15 de junho, a tempestade atingiu a província de Albacete, no sudeste de Espanha.

Segundo a Agência Estatal de Meteorologia de Espanha (AEMET), no município de La Roda, foram registadas, em 15 minutos, precipitações equivalentes a 3,5 meses o que representa 70 mm de chuva (a média mensal para junho é de 22,6 mm).

As chuvas foram acompanhadas por uma intensa queda de granizo, com pedras de até 7 cm de diâmetro em alguns locais. As ruas ficaram inundadas por rios de granizo com até 50 cm de profundidade, que facilmente arrastaram carros e contentores de lixo.

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Chuva forte com granizo inundou as ruas da cidade no município de La Roda, província de Albacete, Espanha

Centenas de quilos de gelo danificaram casas e infraestruturas, bem como obstruíram os esgotos. Muitas culturas agrícolas foram igualmente afetadas, nomeadamente cereais, uvas e amêndoas.


Turquia

Na manhã de 15 de junho, ocorreu um incidente na província turca de Aksaray: dois balões que tinham descolado do vale de Ihlara — uma das zonas turísticas mais conhecidas e populares da Turquia — perderam o controlo e caíram um após o outro.

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Balão de ar quente com turistas perdeu o controlo e caiu no chão, província de Aksaray, Turquia

Segundo testemunhas oculares, os balões começaram por oscilar no ar, perdendo depois altitude de forma abrupta e caindo no chão de forma descontrolada.

O primeiro acidente ocorreu perto da aldeia de Gözlükule. Como resultado da aterragem forçada, o piloto morreu no local e 19 passageiros ficaram feridos, dois dos quais gravemente.

No segundo acidente, ocorrido perto da aldeia de Belisirma, 12 turistas sofreram ferimentos leves.

Segundo informações do governo de Aksaray, a causa preliminar dos acidentes foi uma mudança abrupta nas condições meteorológicas e um aumento da intensidade do vento.

Devido a estes acontecimentos trágicos, todos os voos de balões de ar quente na região foram temporariamente suspensos e o festival previsto para o final de junho foi adiado.


EUA

Na noite de 12 de junho, o centro do Texas, nos EUA, foi assolado por chuvas torrenciais, o que causou uma das inundações mais devastadoras das últimas décadas.

A cidade mais afetada foi San Antonio, uma das maiores do Texas. Em poucas horas, choveu 150 milímetros (a média mensal em junho é de 79,3 milímetros), dos quais quase 100 milímetros caíram em apenas uma hora.

A situação foi especialmente crítica no nordeste da cidade. Aqui, o nível da água do rio San Antonio subiu rapidamente, de 1 a 7,6 metros em duas horas. O que é comparável à velocidade das inundações durante furacões tropicais.

As águas arrastaram carros. Dez pessoas foram encontradas agarradas a árvores a 1,5 km de distância do local onde tinham sido levadas pela força da corrente. Treze pessoas morreram, a maioria das quais não conseguiu sair dos carros, que foram arrastados pela corrente.

Também ocorreram inundações consideráveis nos condados vizinhos, o que levou ao encerramento de dezenas de estradas, pontes e passadeiras.

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Inundações devastadoras que causaram a perda de vidas humanas no estado do Texas, EUA

As chuvas torrenciais foram acompanhadas por fortes tempestades e tornados.


Rússia

No dia 11 de junho, uma forte tempestade com chuva, granizo e ventos de até 25 m/s atingiu o distrito de Berezovsky, na região de Tyumen. A localidade de Berezovo foi especialmente afetada. Em apenas 10 minutos, a fúria da natureza causou estragos nas habitações e edifícios administrativos, derrubou árvores e destruiu parques infantis. Uma criança ficou ferida ao ser atingida por uma chapa de metal arrancada do telhado de uma casa.

Os moradores locais afirmam que nunca tinham visto uma tempestade tão forte na região.

No dia 12 de junho, o sul da Rússia foi assolado por um violento temporal.

As regiões de Stavropol e Krasnodar, bem como as repúblicas do Cáucaso do Norte, foram afetadas. Na República da Chechénia e no Daguestão, os ventos atingiram velocidades de 40 m/s. Mais de 100 povoados ficaram sem eletricidade. Telhados de edifícios, árvores e painéis de publicidade não resistiram à força da natureza.

Na cidade de Kaspiysk, na República do Daguestão, o palco do estádio “Anzhi Arena” foi destruído.

Em Shali, na República da Chechénia, a queda de paredes destruídas pelo vento causou a morte de três pessoas e deixou outras duas feridas.

Na Inguchétia, ventos com uma velocidade de até 35 m/s danificaram linhas de transmissão de energia, bem como telhados de escolas, hospitais e residências. Dez mil casas ficaram sem eletricidade. Quase dois mil hectares de plantações foram destruídos.

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Rajadas de vento arrancaram o telhado de um prédio de vários andares na República da Inguchétia, Rússia  

Parte da cidade de Vladikavkaz ficou sem água quente devido à paragem das centrais térmicas durante a tempestade.

Nas cidades de Baksan e Chegem, na República da Cabárdia-Balcária, caiu granizo com o tamanho de ovos de galinha.

Na região de Stavropol, as ruas das cidades de Stavropol e Kislovodsk transformaram-se em torrentes violentas, com alguns carros a ficarem submersos.

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Chuvas fortes inundaram as ruas de Stavropol — as estradas da cidade transformaram-se em rios, Rússia 

Em Essentuki, oito centrais elétricas ficaram fora de serviço devido à chuva forte — vários bairros ficaram sem energia elétrica.

Na região de Krasnodar, o granizo atingiu os distritos de Ust-Labinsk, Seversk, Krymsk, Labinsk e Mostovsk. A localidade de Stavropolskaya foi particularmente afetada, com granizo do tamanho de bolas de ténis a cair do céu. Segundo testemunhas oculares, os pedaços de gelo partiram os ramos das árvores e destruíram as hortas.

Alguns dias depois, entre 15 e 16 de junho, uma forte tempestade atingiu a costa do mar Negro.

Em Anapa, caiu granizo com 3 cm de diâmetro, danificando pomares e hortas.

Em Novorossiysk, a chuva forte causou inundações nas estradas.

Sochi foi a cidade mais afetada. Na localidade de Kichmai, no dia 15 de junho, a precipitação ultrapassou a média mensal, com 106,6 mm (a média mensal é de 106 mm).

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Chuvas torrenciais inundaram Sochi, transformando a cidade turística numa zona de desastre, Rússia

No pico da temporada turística, as praias foram encerradas. Em alguns pontos da cidade, a água subiu quase dois metros a torrente arrastou carros e inundou casas e lojas.

Na descida da passagem de Mamai, ocorreu um deslizamento de terras, ficando a estrada bloqueada por enormes pedras e árvores.

Na aldeia de Dagomys, o rio Ira transbordou devido às chuvas torrenciais, inundando um troço da estrada federal A-147 Dzhubga — Sochi, o que provocou congestionamentos de trânsito com vários quilómetros.

No dia 16 de junho, nevou no complexo turístico Rosa Khutor, nas montanhas, e a temperatura desceu para os 0 °C.

No mesmo dia, na região de Khabarovsk, nas áreas de Komsomolsky, Solnechny e Polina Osipenko, ocorreu uma forte tempestade de granizo.

Na aldeia de Galichnoe, grãos de granizo maiores do que ovos de galinha danificaram casas, estufas e carros, e destruíram a colheita. O solo ficou coberto por uma camada de gelo com até 15 cm de altura e as pessoas limparam as ruas com pás. Segundo testemunhas oculares, uma tempestade semelhante não ocorria há mais de 50 anos.

Granizo na Rússia, granizo na região de Khabarovsk

Granizo de grande dimensão caiu na região de Khabarovsk, na Rússia

Enquanto muitas regiões do país sofriam com chuvas anormais, foi declarado estado de emergência devido à seca em 10 distritos da região de Rostov: Azov, Belokalitvinsky, Verkhnedonsky, Veselovsk, Zernogradsk, Oktyabrsk, Semikarakorsk, Salsk, Tsimlyansk e Chertkovsk.

Mais de 500 mil hectares de plantações foram afetados. Destes, mais de 60 mil hectares de terras agrícolas foram completamente destruídos.


República Democrática do Congo

Na noite de 14 de junho, a capital da República Democrática do Congo, Kinshasa, foi atingida por uma forte chuva, apanhando os moradores de surpresa, dado que a estação chuvosa tinha terminado e tinha começado o período seco.

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Inundações catastróficas alagaram a cidade de Kinshasa, na República Democrática do Congo

Em apenas seis horas, caíram 90 milímetros de precipitação, o que excede as médias diárias, mesmo nos dias mais chuvosos do ano. 

As chuvas torrenciais provocaram inundações e deslizamentos de terra, causando danos materiais e infraestruturais significativos em todos os municípios da capital. Estradas destruídas, edifícios demolidos e pontes danificadas são apenas algumas das consequências da fúria da natureza. Muitas áreas da metrópole ficaram sem eletricidade. No município de Matete, mais de 500 casas ficaram completamente inundadas.

Infelizmente, houve vítimas mortais. Na região de Lamba, o fluxo de água derrubou um muro, causando a morte de um casal, mas os seus cinco filhos sobreviveram milagrosamente.

No total, a catástrofe fez 30 vítimas mortais. Mais de 36 mil ficaram sem abrigo e o número total de vítimas chegou aos 70 mil. 


Tufão «Wutip»

O tufão Wutip foi o primeiro da temporada e apresentou vários indicadores atípicos. Formou-se no Mar da China Meridional, quando normalmente os tufões se formam na costa das Filipinas.

Na China, o Wutip teve consequências devastadoras nas regiões do sul do país: as províncias de Hainan, Guangdong, Guangxi, Jiangxi, Zhejiang e Hunan foram afetadas pelo tufão.

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A China foi atingida por inundações causadas pelo tufão Wutip, com a água a inundar cidades e casas

Na noite de 13 de junho, atingiu a costa da cidade de Dongfang, na província de Hainan, com a força de uma tempestade tropical.

No distrito de Sanya, na ilha de Hainan, caíram 664,8 mm de chuva.

No dia seguinte, o Wutip voltou a atingir terra firme, desta vez na província de Guangdong, causando chuvas torrenciais.

Em 83 rios do país, o nível da água subiu acima dos limites críticos.

As chuvas e inundações foram seguidas de deslizamentos de terra. Na noite de 14 de junho, ocorreu um deslizamento de terras na aldeia de Shapou, no distrito de Luchuan, província de Guangxi. Infelizmente, três pessoas morreram soterradas.

Os especialistas observaram que o primeiro tufão deste ano se formou em junho, ou seja, 2,5 meses mais tarde do que o habitual.

Segundo dados do Observatório Meteorológico Central, a formação do primeiro tufão da época ocorre, em média, a 25 de março. No entanto, no que se refere ao território chinês, o tufão Wutip foi um fenómeno bastante precoce, dado que, segundo as estatísticas, a data média de chegada do primeiro tufão ao continente é 27 de junho.


No Vietname, apesar de o tufão não ter atingido a costa do país, a sua periferia ocidental provocou chuvas torrenciais entre os dias 11 e 13 de junho nas províncias centrais.

No dia 12 de junho, no Parque Nacional Batma, província de Thia Thien Hue, registou-se uma precipitação de 884 mm em apenas 24 horas, o que constituiu um recorde desde 1976.

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O tufão Wutip causou inundações generalizadas no Vietname

Algumas estações meteorológicas registaram mais de 300 milímetros de chuva em seis horas.

Segundo dados do Centro Nacional de Previsão Hidrometeorológica do Vietname, o nível das águas dos rios da região central atingiu o valor mais alto para o mês de junho nos últimos 30 anos. 

Mais de 3500 casas e 88 000 hectares de terrenos agrícolas foram inundados. Dezenas de troços de estradas nacionais e provinciais foram destruídos e inundados. Infelizmente, as inundações causaram a morte de 11 pessoas (dados de 14 de junho).


A tempestade tropical Wutip não atingiu diretamente a Tailândia, mas trouxe chuvas torrenciais e ventos fortes ao país, causando destruição em várias províncias: Yasothon, Sakon Nakhon e Trat.

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A Tailândia foi afetada por inundações após as chuvas torrenciais causadas pela referida tempestade, Wutip

Desde o dia 12 de junho que as chuvas torrenciais têm causado erosão do solo e destruído estradas. Muitas casas foram afetadas, com paredes a ruir e águas da cheia a inundar áreas residenciais. As inundações repentinas causaram danos graves nos terrenos agrícolas e nas propriedades rurais. 

A 14 de junho, ocorreu uma tragédia na aldeia de Klong On, no distrito de Bo Rai, na província de Trat: durante uma forte tempestade, uma árvore caiu sobre uma casa, destruindo-a por completo. Dentro desta, encontrava-se um menino de 10 anos, que perdeu a vida sob os escombros.


O Laos e o Camboja também foram afetados pela tempestade tropical «Wutip». Três dias de chuvas torrenciais provocaram inundações massivas que alagaram casas e terrenos e destruíram e tornaram intransitáveis muitas estradas.

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A tempestade tropical Wutip provocou fortes inundações no Camboja

Por que razão os cataclismos naturais estão a aumentar tão rapidamente? A primeira, e a principal razão é o ciclo astronómico em que o Sistema Solar entra a cada 12 000 anos. Durante este período, todos os seus objetos, incluindo a Terra e até o próprio Sol, recebem energia adicional de influências cósmicas externas.

Esta energia adicional aquece ainda mais o núcleo do nosso planeta, o que intensifica o movimento da matéria derretida no interior, faz com que o magma comece a subir ativamente, aumenta os processos tectónicos e vulcânicos, superaquecendo os oceanos e a atmosfera torna-se mais húmida e instável.

Tudo isto provoca uma reação em cadeia — daí os terramotos, anomalias climáticas e mudanças climáticas abruptas com as quais nos deparamos cada vez mais frequentemente. 

Muitos destes fenómenos são novos para a humanidade, e a ciência moderna não consegue reagir a tempo à sua magnitude e rápido crescimento.

Estamos a enfrentar processos que não existiam antes, o que significa que são necessárias abordagens diferentes. Somente a união dos conhecimentos e esforços de todo o mundo ajudará a encontrar soluções reais. A ciência deve reestruturar-se o mais rápido possível e reagir adequadamente aos novos desafios.

Os primeiros passos nesse sentido já foram dados: os métodos e as soluções técnicas já testadas na Sibéria, propostas pela comunidade científica «ALLATRA», provaram a sua eficácia e são capazes de, nos próximos anos, atenuar e estabilizar o aumento das catástrofes climáticas no planeta.

Mas depende apenas das pessoas se essas tecnologias serão implementadas em todos os lugares para o bem de toda a humanidade.

A versão em vídeo deste artigo pode ser vista aqui:

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